quinta-feira, 31 de julho de 2014

Fui roubada!

Durante 4 anos ouvi falar de uma construção que seria feita na região do Brás. Acompanhei de perto pastores, obreiros, jovens e evangelistas trabalhando constantemente para arrecadar fundos por meio de eventos, campanhas, bazares… tudo com o objetivo de ajudar na construção do Templo de Salomão – que teve início por um simples ato de fé –, e eu, por obediência, ia junto, ajudava em tudo.
Estou como obreira há 11 meses e sou sincera em reconhecer que não entendia a espiritualidade desse Santo Lugar. Só fui compreender há alguns meses, ao realizar um trabalho de faculdade próximo à construção, onde avistei o Templo quase pronto.
Ao avistar aquele lugar, fiquei olhando admirada, por alguns minutos, e ali tive uma experiência com Deus que me fortaleceu muito. Daquele dia em diante, começou a minha expectativa para o dia em que eu colocaria os meus pés naquele lugar tão extraordinário, pois pensava comigo: “Se apenas em olhar fiquei fortalecida, imagina o que acontecerá quando eu entrar?”
Minha imaginação ia longe quanto à expectativa desse dia tão esperado. Coloquei dentro de mim que não seria justo eu querer o extraordinário de Deus se eu também não desse o meu extraordinário a Ele. Essas foram minhas orações durante os diasem que orei junto com os bispos e pastores à meia-noite, pelo canal 21.
A cada dia que participava das orações, a certeza de que Deus é comigo só aumentava, pois eu realmente estava apresentando o meu tudo a Ele. Quando chegou o dia 19 de julho, acordei cedo e fui correndo para a Universal assistir à transmissão do primeiro dia de inaugurações e, mais uma vez, Deus testificou o meu extraordinário.
Quarta-feira (23) foi o meu dia tão esperado. Não sabia o que ia acontecer, só sabia que era o meu dia com Deus. Por isso, tratei de me arrumar como se eu fosse me casar. Um dia antes preparei o meu uniforme com todo cuidado, vi a maquiagem que usaria, como iria fazer o cabelo, tudo.
Pela manhã, acordei por volta das 8 horas, peguei meu uniforme e fui à casa da cabeleireira para ela me preparar. Queria estar linda para Deus. Quando fiquei totalmente pronta, registrei o momento com uma foto e publiquei em uma rede social. Logo recebi uma mensagem inesperada: “Você vai lá para ser roubada?”
Isso me fez refletir com a seguinte pergunta: “Como posso ser roubada?” Então passou um filme em minha mente, de toda a minha vida, e ali enxerguei como fui roubada.
Quando nasci, com poucos dias de vida, tive uma meningite das mais graves, o que trouxe a minha mãe para a Igreja, e, por gratidão, ela me ensinou o caminho da fé, sempre me falando quem tinha me curado (Jesus).
Separada do meu pai, minha mãe era muito dedicada ao trabalho, pois desejava me dar do bom e do melhor, por isso, grande parte da minha infância passei na casa de babás. Numa delas, por diversas vezes, presenciei agressões físicas entre a babá e o seu marido, que chegava bêbado todos os dias.
Recordo-me de um dia em que minha mãe chegou super cansada do serviço e, como de costume, foi à casa da babá me buscar, porém, não conseguiu, pois o marido dela estava agredindo-a de tal forma que, ao ver o sangue, não hesitei e comecei a chorar. Não aguentava mais aquela cena. Eu tinha apenas 5 anos de idade.
De tanto frequentar a casa de uma das minhas babás acabei me tornando vítima de pedofilia. Cresci com complexo de inferioridade, me sentindo culpada por tudo que havia ocorrido, pois não tinha ninguém para contar. Tinha medo de falar para as pessoas, vergonha do que elas iriam pensar de mim. Me sentia excluída de todos. Na escola, meus colegas se juntavam para fazer piadinhas contra mim.
Passei anos da minha vida carregando uma culpa que não era minha, mas tentava levar a vida como podia, sem contar para ninguém. Minha mãe se mudou para outra cidade, não iria encontrar mais com a pessoa que me fizera tanto mal; talvez pudesse esquecer! Fiquei por um tempo em outro município, mas, com o derrame da minha avó, tive que voltar para a minha cidade. Passaram-se 2 anos, quando, aos 15 anos, voltei a encontrar o pedófilo, pois ele passou a frequentar demais a minha casa. Entrei em desespero. Sem ninguém da minha família notar, comecei a entrar em depressão, pois me lembrava com frequência do que havia acontecido. Tinha medo.
Foi quando, por meio de uma obreira da Universal, encontrei ajuda. Senti-me acolhida, pois finalmente alguém estava dando a atenção que eu precisava. Ela passou a me acompanhar e a me dar as orientações necessárias. Dali começou meu processo de libertação, que levou aproximadamente 2 anos. E fui roubada mesmo, fui roubada do inferno, pois jamais estaria escrevendo esses relatos se não tivesse a UNIVERSAL para me estender as mãos e me resgatar.
Tive o meu encontro com Deus, nunca mais sofri por causa de traumas, pois todo ele foi apagado. É como se nada tivesse acontecido comigo. Tenho paz. Deus tem abençoado a minha vida e sei que vai fazer muito mais, pois foi essa a revelação que Ele me fez quando eu coloquei os meus pés no Templo de Salomão para participar da reunião, às 18 horas: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam. 1 Coríntios 2.9
Ah, que dia! Que maravilha poder estar neste Santo Lugar. Indescritível cada momento, cada detalhe… a Santidade era tudo o que eu estava precisando. Estou renovada, e na certeza de que vou arrebentar. Deus já fez o extraordinário em mim e vai fazer muito mais!
Karen Salvador

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